domingo, 4 de dezembro de 2016

CONTESTANDO OS DEPOIMENTOS DOS CORONÉIS PRESIDENTES DO GBOEX

Ocorreu, no dia 16/11/2016, a audiência do processo, através do qual o GBOEX, seus diretores e conselheiros tentam, mais um a vez, calar Péricles, através da retirada do blog SÓCIOS DO GBOEX, da Internet.


Nesta audiência a juíza ouviu, por minha solicitação, o depoimento dos coronéis Renk e Ilton, respectivamente, presidente do Conselho Deliberativo e do GBOEX e presidente executivo, bem como, os de mais dois: um conselheiro e um diretor. O GBOEX não requereu o meu depoimento e nem a juíza julgou ser ele necessário e, também, não deixou que se fizessem perguntas que eu julgava importantes para o esclarecimento do caso. Consequência: fiquei ouvindo uma série de inverdades sem poder contradizer.
Divulgo este texto para exercer o meu direito constitucional ao contraditório e, também, para informar aos associados sobre o andamento deste processo.
  
O depoimento do coronel RENK, presidente do GBOEX

Vou começar pelo presidente do CD/GBOEX, coronel Sérgio Renk, que conheço, desde 1958, quando cheguei na EsPPA e lá o encontrei.
Vou dividir em itens para que não fiquem dúvidas sobre a contestação que faço às suas declarações, diante da juíza:
“... colocam a minha fotografia dizendo que eu sou salafrário mor”.

Quando a juíza perguntou se ele se sentia prejudicado, ofendido com os termos das publicações do meu blog SÓCIOS DO GBOEX, a primeira queixa que fez foi: “colocam a minha fotografia dizendo que eu sou salafrário mor do GBOEX” e mostrando para a juíza, “aqui está com a minha fotografia e as palavras que eu acabei de dizer”. e mostrou esta imagem:

Depois, o meu advogado perguntou “quem chamou o senhor de salafrário mor?” e o Renk insistiu que havia sido eu, Péricles, que o havia chamado de salafrário, mostrando, mais uma vez para a juíza a cópia: “Aqui está o blog do senhor Lício Maciel em que diz o seguinte: “Esse senhor é o salafrário mor, uma grande arapuca”. De Péricles da Cunha. Mesmo diante da negativa do meu advogado (“Não foi meu cliente que disse isso Excelência”), insistiu que havia sido eu quem disse (“Mas tá aqui, tem uma carta”). E, depois, quando perguntado pelo meu advogado sobre o que mais lhe ofendeu nos textos do blog SÓCIOS DO GBOEX, acrescentou que se o blog registra que o “GBOEX é comandado por uma equipe de salafrários”, “então eu sou um salafrário”.
Mesmo não tendo feito o compromisso de dizer somente a verdade, pensei que, ao declarar perante a juíza, seus 78 anos e que, no Exército, foi de soldado a coronel, estava assegurado que só falaria a verdade, mas o seu depoimento está eivado de inverdades, porque não se encontra no meu blog esta frase “GBOEX é comandado por uma equipe de salafrários”. Renk agiu de má-fé.
Renk tentou induzir a juíza ao erro para me prejudicar porque está claro que o Blog Lício reproduziu um e-mail meu e que o resto é de autoria do referido blog: a fotografia, o título da matéria “ESTE O SALAFRÁRIO MOR. CADEIA NELE” e a conclusão: “Vamos colocar estes bandidos do GBOEX na cadeia...Nós todos do GBOEX que agradecemos a você, prezado Péricles, pela perseverança, persistência. Muito grato”.


Tanto o Renk sabia que não é de minha responsabilidade, a fotografia e a pecha de salafrário, que está processando o coronel Lício e até já conseguiu efeito suspensivo “para que sejam retiradas as fotografias do autor Sérgio, tal como requerido”. Resumo: Renk faltou com a verdade ao reafirmar perante a juíza que o responsável fora eu. AGIU DE MÁ-FÉ.





Sobre “fraco, fraudador, enganador, que dá golpe”.

Ainda na sua primeira queixa, Renk, diz para a juíza que “com as acusações que eu recebo, me chamam de fraco, de fraudador, de enganador, de que eu dou golpe...”.
Gostaria que Renk apontasse, no blog SÓCIOS DO GBOEX, onde foi que o chamei de “de fraco, de fraudador, de enganador, de que dou golpe”, caso contrário, mais uma vez afirmarei que agiu de má-fé e digo, com certeza, porque NUNCA ofendi conselheiros ou diretores do GBOEX.

Sobre informações do blog e informações do GBOEX

A juíza já concluiu que o blog SÓCIOS DO GBOEX é “um canal de comunicação com os associados que buscam informações sobre questões de seu interesse” e o Desembargador Eugenio Facchini Neto (AI 70067250290), ao confirmar a decisão da juíza que negara o pedido para retirada imediata do blog da internet, registrou (grifado) que “Ainda que se trate de entidade privada, é inegável que o GBOEX gere, diga-se assim, recursos de terceiros ao oferecer produtos atinentes à previdência complementar, advindo daí o interesse público (coletivo) de informações atinentes à sua atuação e a de seus sócios no concernente ao objeto social da instituição. E, aparentemente, a esse respeito versam as informações veiculadas no blog do agravado, não se visualizando, de pronto, afronta à privacidade, nem uso não autorizado das imagens dos sócios”.
Quando a juíza perguntou se “Ele (Péricles) não poderia buscar junto à direção do GBOEX as informações que fossem pertinentes para divulgar aos associados, matérias que interessem aos associados?” Renk respondeu que “nós temos informativo eletrônico, não lembro se é bimensal ou trimensal, mas tem, que vai para todos os associados que tem e-mail e temos ainda uma revistinha que ela é semestral...”.
Em suma, a juíza queria saber se eu não poderia buscar, nas publicações do GBOEX, informações para divulgar para os associados e Renk deu a entender que sim, mas que eu assim não faço porque tenho essa mania de perseguir GBOEX e seus dirigentes. Coitadinhos! Pois eu vou mostrar (e depois para a juíza) o grau de desinformação em que são mantidos os associados. E vou mostrar usando o período 2013/2014.
Na tabela, abaixo, os principais eventos ocorridos no ano de 2014, começando com o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta, celebrado por SUSEP e CONFIANÇA e concluído com a liquidação da seguradora, em dezembro de 2014.

Como se pode verificar, esta tabela dá uma visão ampla do que ocorreu neste ano de 2014.
E pergunto ao Renk: onde estão estas informações nos três Informativos GBOEX, divulgados, ou na “revistinha” que nunca recebi? Vou mostrar o que contém os teus informativos eletrônicos.
Informativo GBOEX 2/2013, de 19/12/2013:
Detalhe importante: divulgado 17 dias depois de a SUSEP ter celebrado um TAC - Termo de Ajustamento de Conduta com a seguradora CONFIANÇA , porque, segundo o MPF (Parecer Técnico ASSESP PR/RS 038/2014), in verbis, “em 2012 ,a Confiança já acumulava prejuízos de R$ 48.193.000, os quais adicionados ao prejuízo de 2013, perfizeram substanciais R$ 85.588.000, que foram suportados quase que exclusivamente pelo patrimônio do Grupo GBOEX. Essa conjuntura econômico-financeira de resultados negativos- determinou à Confiança a condição de insolvente após realizados os ajustes de adequação de capital”.
Ao abrir o informativo, o leitor se depara com três manchetes: “GBOEX é destaque na mídia”, “Vamos começar 2014 prontos para construir mais histórias ao seu lado” e, o editorial com a foto do presidente executivo, “Tranquilidade para encarar novos desafios”.


Em “GBOEX é destaque na mídia”, “três importantes conquistas”: reconhecimentos pelo desempenho do GBOEX.
E no editorial, a garantia do presidente executivo de que “a nova gestão dará continuidade a tudo que foi construído até o momento” e anunciando que “nas páginas deste informativo você encontrará diversas matérias sobre os principais acontecimentos realizados em comemoração ao Centenário. Procuramos, também, inovar com temas do interesse dos associados, com dicas de turismo, saúde, entretenimento, entre outros assuntos”.
Depois de 16 páginas, com destaque para receita de torta de bolacha, uma prosa e anúncio de doação, a matéria “Dados da Diretoria de Previdência” anuncia que, em 2012, foram pagos benefícios correspondentes a 8.555 planos de pecúlios e 6.225, em 2013 (até novembro). E só!

Nada sobre os 110 mil pecúlios de participantes que pediram exclusão, em 2012 e 2013. Ou seja, gente que contratou, pagava mensalmente e, depois, desistiu perdendo o que pagou. Estes dados estão disponíveis no portal/web da SUSEP, mas qual a explicação do GBOEX?


Será que isso não é muito mais importante para o associado do que receita de torta de bolacha ou “dicas de turismo, saúde, entretenimento”?
E, no final (pág.23): “Confiança em um 2014 mais próspero” em que fala da Copa e dos assuntos do cotidiano do brasileiro e concluindo, assegura que “a companhia, com seus quase 142 anos, vem propagando, com muita propriedade, que Confiança (e seguro) ‘é para sempre’. Esta é a motivação da companhia para 2014”. Nada sobre os problemas da seguradora, sua insolvência, as dívidas, o TAC.

Noventa dias depois (10/4/2014) de o MPF (Parecer Técnico ASSESP PR/RS N. 38/2014, fls. 300/304) ter feito sérias críticas à gestão, indicando, em suma, “quadro econômico de entidade à bancarrota com gigantismo e crescimento acelerado das despesas administrativas do grupo GBOEX (GBOEX e Confiança Seguradora) em face do seu patrimônio líquido desde o ano de 2010”.
Sessenta dias depois de o Renk negar a convocação de uma AGEpara tomar conhecimento da situação patrimonial da entidade, deliberar sobre as providências cabíveis para proteger o patrimônio do GBOEX e os direitos dos associados”. Alegou Renk que o BP/2013 do GBOEX fora aprovado sem restrições pelos CD, fiel guardião do patrimônio e dos interesses dos associados, visto que “a liquidez e a solvência da entidade é total”. E que tanto o TAC da Confiança como o ICP/MPF não são passíveis de apreciação de AGE, pois “já estão solucionados e bem solucionados, sob o devido gerenciamento da administração do GBOEX em respaldo das superiores garantias ao quadro social”. E arrematou assegurando que “a situação patrimonial, sob a égide da fiscalização da SUSEP, é de domínio público, e, de outra banda, o acervo do GBOEX e os direitos dos sócios estão resguardados inteiramente, livres de qualquer perigo, segundo também comprova o Balanço Patrimonial em tela”.
Dias depois desta arrogante resposta, a publicação dos balanços, do GBOEX e da CONFIANÇA, mostravam que a seguradora declarava que a “Companhia, por decisão do acionista majoritário (GBOEX), alterou a composição diretiva e se prepara para uma mudança expressiva em sua trajetória, com transferência de gestão (AGO, 31/3/2014) e o balanço patrimonial do GBOEX registrava sua insolvência e a necessidade de alienar imóveis para saná-la, conforme já registrado em Medidas urgentes em defesa do patrimônio (9/9/2014).
E o que publicou o citado Informativo, nas suas 20 páginas?
Uma capa em que a tônica é “Um ano inteiro para comemorar”: “Para o GBOEX, é motivo de grande satisfação. Por isso, durante este ano, a empresa realiza uma série de promoções alusivas ao mundial e que visam, ainda, comemorar um ano de muitas conquistas”.

Uma página em que o GBOEX celebra “a conquista de diversas premiações em 2014, fruto de um trabalho realizado com foco, seriedade e determinação”.

E, como fecho, a palavra da Diretoria Executiva, o Editorial, do qual destacarei três trechos por serem emblemáticos da CULTURA DO CONTENTAMENTO em que este grupo de oficiais do Exército que comandam o GBOEX, desde 1981, e do qual, Renk, é o atual e indiscutível líder, mantiveram milhares de associados iludidos para só agora, depois de mais de 50 anos contribuindo, caírem na dura realidade de que foram enganados.
Criar fortes vínculos com os associados, despertar em cada um deles um sentimento de orgulho são algumas das nossas metas arduamente perseguidas. Qual o segredo para que alguém diga, espontânea e orgulhosamente, que faz parte de uma determinada instituição? Não existe fórmula pronta, mas certamente o GBOEX chegou lá. São 101 anos de um trabalho esmerado, e que, ano após ano, vem sendo aperfeiçoado e modernizado para estar sempre alinhado com as demandas da nossa sociedade”.
Qual o segredo? Qual a fórmula para manter uma massa de milhares de associados contribuindo mais de 50 anos?
Tanto o Renk como todos os seus companheiros sabem que não existe segredo, pois o encarregado da propaganda, desde os anos de 1980, já revelou a fórmula na frente de um juiz (Os coveiros do GBOEX, 21/10/2012): (resumindo) “Na verdade o GBOEX não era líder da previdência privada no Brasil, mas a gente sempre usa superlativos e no sentido exatamente de melhorar a imagem. As pessoas contratam um pecúlio para ser usufruído 40, 50 anos depois, então, a empresa tem que demonstrar estabilidade, solidez para poder cumprir o pagamento do pecúlio. Então, o meu trabalho é trabalhar a imagem do GBOEX para mostrar que a empresa tem solidez, é uma empresa forte”.
Indiscutivelmente, este grupo de oficiais do Exército que comanda o GBOEX, desde os anos de 1980, domina a fórmula para o que eu chamo de CULTURA DO CONTENTAMENTO.
O segundo trecho do Editorial (“Os reconhecimentos que recebemos ao longo dos tempos e, em especial, nesse primeiro semestre de 2014, mostram que possuímos organização e disciplina e nos remete ao desafio de assumir, todos os dias, um papel transformador e gerador de mudanças”) choca de frente com tudo que aconteceu neste 1º semestre de 2014 e que pode ser resumido pela síntese feita pelo Procurador da República: quadro econômico de entidade à bancarrota com gigantismo e crescimento acelerado das despesas administrativas do grupo GBOEX (GBOEX e Confiança Seguradora)...”.
E para concluir o Editorial: “Saiba mais sobre tudo o que vem acontecendo no GBOEX folheando as páginas desta revista. Veja, ainda, artigos de profissionais e empresas renomadas sobre turismo, saúde e educação financeira. E, acima de tudo, continue acreditando em nossa empresa e nos ajudando a construir um futuro promissor”.

Informativo GBOEX 2/2014 , de 11/12/2014
No semestre em que ocorreu um leilão de imóveis para aplacar a insolvência do GBOEX, em que a SUSEP impôs regime de Direção Fiscal (31/10) ao GBOEX e à seguradora CONFIANÇA, e foi decretada a liquidação extrajudicial da CONFIANÇA, as vinte páginas do Informativo não trazem absolutamente nada de interesse do associado. Vejamos o seu Editorial:
Começando pela conclusão do editorial: “Para isso, mantemos nossos canais de comunicação atualizados, estabelecendo um relacionamento cada vez mais transparente” e “convidamos a folhear as páginas desta revista para que possam estar atualizados sobre as ações realizadas neste segundo semestre de 2014”. Dispensa comentários, basta acessar o texto (link acima) e constatar que nada existe de transparente e atualizado.

 Com firmeza inicia o editorial proclamando que “Chegamos ao final de 2014 com a certeza do cumprimento dos nossos maiores propósitos: proteger os associados e mantê-los cada dia mais satisfeitos com o nosso trabalho, assegurando o futuro de suas famílias”. “A execução de um trabalho que alie profissionalismo, humanidade e responsabilidade social são políticas que nos mantém fortes no mercado”. Quanto a estes dois trechos do editorial, bastam duas informações que se tira do Inquérito Civil Público (ICP PR/RS 20/2010-97):
A primeira vem dos peritos do MPF (Parecer Técnico ASSESP PR/RS N. 38/2014) mostrando que, no período 2010/2013, enquanto o Patrimônio Líquido do Grupo GBOEX caiu (-)44,59% e suas Despesas Administrativas subiram (+)46,35%, ao contrário do compromisso feito pela Diretoria Executiva, em 2010.

E a segunda informação: a SUSEP mostra que, de janeiro/2000 a setembro/2015, 39.185 associados do plano de pecúlios TAXA MÉDIA pediram exclusão, depois de passar quase meio século contribuindo, o que joga por terra o alardeado propósito de “proteger os associados e mantê-los cada dia mais satisfeitos com o nosso trabalho, assegurando o futuro de suas famílias”. E veja que estamos falando de PESSOAS e não de PECÚLIOS o que significa quase 100.000 pecúlios que foram deixados com a perda de uns 50 anos de contribuição.

E repito a pergunta: onde estão as informações que realmente interessam aos associados que o Renk assegurou, para a juíza, existirem? Certamente não serão encontradas nos Informativos GBOEX, e nem na “revistinha” que nunca recebi.
Quanto aos associados que ligam para o Renk, conforme se queixou para a juíza, perguntando “É verdade que o GBOEX está mal? É verdade que o GBOEX vai quebrar? O que há com a empresa?”, não existe dúvidas sobre a razão: o choque que levam entre a REALIDADE publicada no blog SÓCIOS DO GBOEX comparada com a CULTURA DO CONTENTAMENTO que alardeada nos informativos e “revistinhas”.
Perguntado pela juíza se os informativos do GBOEX “esclarecem o que o associado precisa, ou encontram mais informações junto a esse Blog”, uma das testemunhas indicadas pelo GBOEX, coronel José Eurico de Andrade Neves Pinto, respondeu que “Eu não sei, porque nunca vi esse Blog. O informativo, que recebo, é um livretinho que vem pelo Correio. Informa as atividades do GBOEX, fala sobre as unidades do negócio no Brasil inteiro; apresentam atividades que eles desenvolvem, assim como projetos e convênios que eles mantêm”. Existe algo mais evidente para provar que os associados são mantidos em uma redoma onde existe uma CULTURA DO CONTENTAMENTO?
Para saber o que, realmente, aconteceu no GBOEX, neste ano de 2014, bastaria ler o que foi publicado no INCOMPETÊNCIAS E CONIVÊNCIAS (21/02/2015), mas, infelizmente, está indisponível, por ordem judicial, pleiteada pelo GBOEX e demais autores.
Agora, o Renk sabe muito bem que estes “associados com idade avançada, com mais de 80 e 90 anos”, estão saindo, não pela verdade estampada no meu blog, mas por não mais suportar o valor da contribuição mensal. Um exemplo (Reajustes abusivos, 7/4/2016)? Associado, cuja contribuição era R$ 1.992, ao completar 96 anos, em março/2015, viu sua mensalidade saltar para R$ 4.089, deixou de pagar e faleceu em dezembro/2015.
Renk, também, alegou para a juíza que o blog SÓCIOS DO GBOEX “dificulta a nossa comercialização”. Ora, o Renk sabe muito bem que a CPI da Previdência (Câmara dos Deputados, 1996), vinte anos atrás, ao analisar o grupo de entidades que deveriam ter sido liquidadas, em 1979, e que só não foram pela intervenção de “militares que comandavam ou tinham ligações com grandes montepios, fator de peso político considerável na época” e que tinha o GBOEX como a de maior expressão (63% do PL total), chegou à conclusão de que “legalmente ainda se enquadram como entidades de previdência, mas suas atividades não apresentam correlação que justifique esse enquadramento. O vínculo com a previdência privada se dá pela associação de pessoas via pecúlios, que nunca são comprados espontaneamente em função do produto, mas sim vendidos, acompanhados de promessas de empréstimos e outros artifícios. O pouco de receitas obtidas na venda de planos de renda é conseguido em decorrência do pagamento de comissões absurdas a vendedores” (in, Relatório CPI Previdência, Diário da Câmara dos Deputados, Suplemento, 12/1996, p28).
E a prova disso está no levantamento que fiz, com base em dados da SUSEP e que mostra uma absurda rotatividade e “comissões absurdas a vendedores”, conforme constatou a CPI: quase 1 milhão de pecúlios contratados, cancelados e que resultaram em uma transferência de R$ 155 milhões do bolso de ingênuos consumidores para os de sortudos corretores que operam com a cobertura institucional e logística do GBOEX.   

Sobre contratos de gaveta

Quando perguntado pelo meu advogado sobre os contratos de gaveta, Renk foi incisivo: “Eu não assinei, como vai ter registro? Nem eu nem o presidente executivo”. Assinaram, sim e trechos dos contratos com as assinaturas estão no INCOMPETÊNCIAS E CONIVÊNCIAS, mas não na cópia constante na inicial, convenientemente escamoteadas pelo sistema “cópia e colagem” adotado. Os contratos, cujos trechos com assinaturas estão reproduzidos, foram processados, de acordo com a legislação vigente? Caso contrário são contratos, vulgarmente, considerados DE GAVETA. Mais uma vez, Renk faltou com a verdade, agindo de má-fé.




Quando iniciou o blog SÓCIOS DO GBOEX

Na inicial (fl.21), datada em 21/9/2015, sonsamente, foi registrado que Recentemente pessoas próximas aos autores passaram a referir o retorno das arremetidas do demandado (Péricles) contra os demandantes (diretores e conselheiros). Foram eles, então, buscar maiores informações no mês de agosto próximo passado (ago/2015), consultando o blog que lhes fora apontado como o atual veículo das ofensas” e “Procedendo leitura das frenéticas tantas postagens de PÉRICLES, verificaram que em fevereiro do ano em curso (fev/2015) perdeu força a inibição implementada pela decisão judicial dado que o réu (Péricles) retomara sua desenfreada campanha ofensiva, então não mais apenas contra a entidade privada GBOEX mas, também e frontalmente, a seus conselheiros e administradores, ...”.
Registre-se o que está informado para a juíza: diretores e conselheiros, somente tomaram conhecimento depois de alertados por “pessoas próximas” e, importante, somente em AGOSTO/2015, quando, na realidade, o primeiro texto do blog é de 10/10/2009. Felizmente o próprio Renk desmentiu o que se caracterizou como litigância de má fé.
No Agravo de Instrumento 70067250290, o Desembargador Eugênio Facchini Neto, constatou que “as publicações objeto da presente demanda tiveram início, pelo menos, em maio de 2015, sem que os recorrentes tivessem adotado medida obstativa da conduta do recorrido antes de outubro de 2015, quando ajuizada a demanda originária”.
Mais uma prova da litigância de má-fé: antes já existiam cinquenta textos, “sem que os recorrentes tivessem adotado medida obstativa da conduta do recorrido”.

Sobre condenação em processo anterior

A certa altura do seu depoimento, Renk afirmou: “a senhora (juíza) sabe que consta nos autos já de uma outra vez em que o cidadão foi condenado”.
Dentro desta cultura do contentamento em que vivem, diretores e conselheiros criaram uma realidade que não existe. Vou mais uma vez esclarecer: em 2003, o GBOEX me acionou para que me fosse proibida a difusão de mensagens alusivas ao GBOEX (processo n. 001/1.05.022727259-0).
O juiz julgou improcedente a ação e o GBOEX apelou ao TJRS onde a sentença garantiu meu direito de crítica (“Destaque-se, por outro lado, que denúncias acerca dos vultosos salários dos conselheiros da autora, bem como informações acerca da ausência de liquidez da entidade de previdência privada não tem o condão, por si só, da causar abalo à imagem desta, uma vez que se revestem de caráter informativo e preventivo, advertindo sócios acerca da possível realidade econômica da autora”), condenando-me, UNICAMENTE, porque disse que estavam se locupletando (“Da análise dos documentos juntados ao feito, vislumbra-se que o demandado excedeu os limites do direito de informar, com uma crítica contundente, aludindo que os conselheiros e diretores estavam se locupletando às custas de seus associados”).
Esta a VERDADE que atropelam para alardear, em todas as investidas para me calar, que estou impedido informar sobre a realidade do GBOEX, escamoteada, como se viu, nos informativos e “revistinhas”.

Sobre CALOTE

Durante a audiência meu advogado chegou a perguntar ao Renk se teria outra palavra que não fosse calote para definir o que está sendo imposto aos velhos associados, mas o seu advogado apelou para a juíza alegando “isso não é pergunta, não diz respeito aos fatos, é opinião, o senhor ta querendo que o autor opine” e Renk acabou se livrando de responder, mas eu vou deixar aqui para que os leitores respondam.
Em 1979, diante da condenação do plano Taxa Média, foi criado um plano Faixa Etária para o qual deveriam migrar todos os integrantes do plano Taxa Média o que não aconteceu por conveniência deste grupo que estava assumindo o poder e por conivência da SUSEP.
Em 1996, a CPI da Previdência Privada que considerou o GBOEX como a maior das empresas que deveriam ter sido liquidadas, por ocasião da implementação da Lei 6435/77, constata que “A operação de planos de aposentadoria é uma atividade que permite o locupletamento de inescrupulosos por longos períodos, uma vez que somente arrecada recursos por décadas, antes de ser obrigada a entregar a contrapartida”, ou seja, o pagamento do pecúlio. E que a venda de pecúlios era um “um jogo de cartas marcadas no qual desde o início sabia-se que os perdedores seriam os adquirentes dos planos”.
Em 2005, a SUSEP reconheceu que a única saída para a insolvência do GBOEX seria aplicar reajustes na contribuição até que se tornasse insuportável, provocando a expulsão do associado que seria obrigado a pedir exclusão, perdendo tudo que havia contribuído.
Em 2006: Perguntado por um juiz se era verdadeiro o título “GBOEX líder em previdência privada no Brasil”, considerado PROPAGANDA ENGANOSA pelo MP/RS, o encarregado da propaganda confessou que não era, mas que o GBOEX vende um produto para ser usufruído 40, 50 anos depois e “o meu trabalho é trabalhar a imagem do GBOEX para mostrar que a empresa tem solidez, é uma empresa forte”.
2011: a Procuradora da República que presidia o ICP 20/2010-97, registrou que o plano de pecúlio do GBOEX corre risco de insolvência desde que começou a ser comercializado. Desde os anos de 1960 sabiam que não teria como adimplir.
2015: SUSEP informa para o MPF que, de janeiro/2000 até setembro/2015, 39.185 associados pediram exclusão, deixando para trás décadas de contribuição por não suportar o valor da contribuição.
Estas constatações estão nos autos do inquérito civil e no blog e nunca foram contestadas pelo GBOEX.
Então, pergunto ao Renk e aos seus companheiros: qual o nome que se pode dar que não seja CALOTE o que foi aplicado nestes milhares de associados que já saíram e em outros milhares que sairão, depois de passarem desde a juventude pagando religiosamente a sua contribuição, através da folha de pagamento, e que na velhice, constatam que perderam tudo que descontaram e ainda não deixarão o pecúlio para os seus? Que nome que não seja CALOTE?

Sobre FRAUDE

Perguntado sobre o que mais lhe ofendeu nos textos do blog, Renk respondeu que “primeiro, ‘O GBOEX é uma empresa fraudadora’, e já disse uma vez pessoalmente: ‘Você está me chamando de fraudador porque sou o presidente”.
Renk, mais uma vez estava querendo colocar na minha boca o que gostaria de ouvir. Desafio, no entanto, que me ele aponte esta frase nos textos do meu blog. Incrível, com 78 anos e depois de passar uma vida nos quartéis, Renk ainda é capaz de distorcer a verdade para sensibilizar a juíza! Mais uma vez agiu de má-fé, pois nos treze textos apontados na inicial somente em dois parágrafos me refiro à fraude, quando acuso a transferência dos apartamentos do edifício Trompowski para serem consumidos pela insolvência da seguradora:
“(Estão) transferindo os ativos que garantiriam o pagamento dos pecúlios, e deixando somente esta massa de milhares de associados com a bomba na mão. Típica fraude ao credor. (10/5/2015)
“E iniciei uma campanha contra a transferência dos imóveis para a Confiança o que poderia caracterizar um desfalque patrimonial, uma fraude ao credor que são todos os associados do GBOEX”. (30/6/2015)
O MPF, veio, depois, a constatar que “conforme referido no presente inquérito civil público, já houve prévio desfazimento de bens do GBOEX, transferidos à Confiança Seguradora para saneamento das finanças desta, o que se demonstrou medida inócua diante da sua posterior (ora atual) situação de insolvência” e que “o patrimônio da entidade deveria ser resguardado, tanto quanto possível, para assegurar aos seus associados a fruição dos benefícios que contrataram”.
Agora, eu pergunto ao Renk: Em 17/8/2011, eu denunciei no blog (Fraude contra credores) que, enquanto no site Reclame Aqui, constavam 176 queixas de atraso no pagamento dos pecúlios, o GBOEX transferiu para a CONFIANÇA, em uma insensata e desnecessária decisão, a metade dos imóveis, cuja função é garantir o pagamento dos pecúlios. Nesta ocasião, registrei que “Leigo, consultei a Internet e concluí que isso pode caracterizar uma fraude contra credores que, no caso, são os quase 200 mil associados, integrantes dos planos de pecúlios. Até nem sei se juridicamente poderia ser enquadrado, mas que existem os requisitos para a caracterização da fraude contra credores, existem”.

Depoimento do coronel Ilton, presidente executivo

A empáfia deste coronel é incompatível com o desempenho da empresa que ele dirige. Lembra-me uma velha equação que sempre repeti para meus alunos da Escola de Engenharia e do Colégio Militar de Porto Alegre, tão infalível com a lei da gravidade: A+I=F, a arrogância quando associada à ignorância leva ao fracasso, invariavelmente. Vou grupar em blocos minha resposta a este depoimento, para mostrar a empáfia deste coronel:
Lamuriava-se, o coronel, para a juíza, sobre “essa pessoa (Péricles) que se acha no direito de criticar”, “falar coisas que são destorcidas, são meias verdades” e que “tais situações têm sido por demais problemáticas porque nós temos um público que nós devemos explicações”.
O que eu tenho a dizer para este coronel é que aponte as “coisas destorcidas”, as “meias verdades”, que utilize os vastos recursos que dispõe com o dinheiro do GBOEX, que mostre a sua verdade nos informativos e “revistinhas” que divulgam ou que me enfrente, em um auditório cheio de sócios, onde poderemos ver quem está falando a VERDADE e quem está MENTINDO.
Agora, concordo, que deve ser muito difícil dar explicações, rebatendo as verdades expostas no blog e oriundas de dados oficiais e pareceres da SUSEP e do Ministério Público Federal. O que poderia explicar o douto coronel sobre o resumo feito pelo Procurador da República, presidente do ICP 20/2010-97: “quadro econômico de entidade à bancarrota com gigantismo e crescimento acelerado das despesas administrativas do grupo GBOEX (GBOEX e Confiança Seguradora)..”?
Não resta dúvida que a verdade choca, traumatiza quem se ilude com a mentira, mas é a verdade.
Imagine-se a vergonha daqueles que a tem, diante da explosão de indignação de um velho general que preferiu pedir sua exclusão, depois de 54 anos de contribuição e pouco tempo antes de falecer, a se submeter à “chantagem vergonhosa, principalmente, partindo de oficiais que eu ajudei a formar”.
 A empáfia do coronel, discorrendo para a juíza: “ele (Péricles) desconhece o nosso negócio”. “...eu entendo do assunto, eu conheço...”. Justifico a razão de me referir ao presidente executivo somente como coronel, porque ser oficial do Exército, junto à condição de associado que ele agregou quando entrou para os quadros do GBOEX, é o necessário e suficiente para ser o que é, presidente executivo, nada mais.
Vou aproveitar para mostrar para este coronel a razão de taxar de empáfia a sua atitude, neste caso. Vou mostrar e demonstrar que ele não entende tanto assim do negocio que está dando um CALOTE em milhares de associados, destes uns 60%, civis, que acreditando nos militares, contrataram seus pecúlios, nos anos de 1960, quando, segundo o MPF, já sabiam que não poderiam cumprir o contratado.
Sem o mínimo conhecimento sobre a história do GBOEX, o coronel assegura, para juíza, que o plano de pecúlios Taxa Média, “é um produto que é reajustado autorialmente. Existe um cálculo autorial que tem uma tabela de vida que estabelece que dentro de um grupo que as pessoas contribuem para que as que estão morrendo, tem que ser reajustado para que essa receita seja igual à despesa. Esse cálculo ele é feito por profissionais Miba, é mandado para a SUSEP, a SUSEP confere isso aí e não tem nada de anormal nisso” e arremata, ao tentar justificar a debandada de associados, dirigindo-se para a juíza: “eu posso lhe afiançar que inúmeras vezes o autor (Péricles, no caso) diz que nós estamos expulsando milhares de associados, o que não é verdade. A SUSEP fez um levantamento nos últimos dez anos, quinze anos, a quantidade de pessoas que saem está dentro de um percentual de 2, 3 por cento normal dentro de um mercado, ou seja, não dá para entender por que que alguém chega e diz uma inverdade sem conhecer os fatos”.
Apuro-me a registrar que quem disse que o GBOEX está expulsando milhares de associados foi a SUSEP, em 2005, “pode-se sacrificar o produto através da aplicação de reajustes técnicos”, ... “pela expulsão da parcela mais jovem de participantes” e o MPF, em 2011, “o aumento das contribuições acarreta a verdadeira ‘expulsão’”.
Sobre este discurso de que o produto (linguagem típica criada pelos tecnocratas da SUSEP, mas que, na realidade, é o pecúlio Taxa Média) deve ser “reajustado autorialmente”, com cálculo feito por “profissionais Miba” é pura enrolação, pois a verdade é bem outra e está bem contada no blog (Os coveiros do GBOEX,21/10/2012), transcrevo trecho:
A bomba de tempo - Já naquela época se sabia que o GBOEX era uma entidade em extinção, mas que era necessário manter os associados envolvidos em uma cultura do contentamento para garantir o status do grupo no poder. Forçado pelas mudanças da Lei 6.435/77, o GBOEX lançou, em julho de 1979, o Grande Pecúlio GBOEX, no sistema faixa etária, o que foi aproveitado pelo MLD para jogar os associados contra para faturar eleitoralmente. Aqui se vê o prejuízo causado quando o jogo pelo poder atropela os interesses da entidade. O correto seria transferir compulsoriamente os integrantes do condenado plano Taxa Média para o recém criado plano Faixa Etária, mas o MLD resolveu acusar o novo plano Faixa Etária de monstro porque visava separar os sócios em dois grupos com a discriminação dos maiores de 60 anos. E em uma chamada nitidamente eleitoral assustava dizendo que “pagam os sócios antigos, portanto, a ineficiência e a incapacidade administrativa da atual direção”. O MLD, registre-se, é o nome original deste grupo de oficiais do Exército que comanda o GBOEX, sem qualquer oposição, desde 1981.
Assumindo o poder, obviamente, não poderiam fazer o correto, ou seja, iniciar a migração do plano Taxa Média para o novo plano Faixa Etária, mas com a conivência da SUSEP resolveram, conforme está no texto, manter o defunto insepulto e nele sustentar o GBOEX, para “usufruir até a quebra final”. Então, não me venha o douto coronel, falar em reajuste “autorial”, feito por “profissionais Miba”, porque já se sabia que desde a comercialização o Taxa Média não teria como pagar o contratado porque, como constatou a CPI da Previdência (1996), fazia parte de “um jogo de cartas marcadas no qual desde o início sabia-se que os perdedores seriam os adquirentes dos planos”.
Certa altura o dito coronel explica para a juíza que eu sou sócio e que ele não compreende a razão de eu continuar: “Ora Excelência, é um seguro, o que nós comerciamos no GBOEX é um seguro de vida, eu quando faço um seguro de carro, se eu não gosto da seguradora por algum motivo eu mudo, passo para outra seguradora, no entretanto, eu jamais ficaria xingando, ofendendo o presidente daquela seguradora que eu não conheço ou os seus diretores ou quem quer que seja. Ou seja, não é um procedimento normal por parte do réu, e isso nos incomoda tremendamente”.
Inacreditável que um oficial do Exército tenha este comportamento e tenha sido guindado a presidente executivo de uma entidade centenária que vive à sombra do nome GRÊMIO BENEFICENTE DOS OFICIAIS DO EXÉRCITO e, por isso, triplicou seu efetivo nos anos de 1960 com a entrada maciça de civis que acreditavam no Exército e que passaram mais de cinquenta anos contribuindo para serem enxotados da forma como estão sendo. Contribui por meio século e se não gostou pede para sair e vai, na velhice, buscar outra alternativa para deixar algo para os seus, como se fosse um mero seguro de automóvel que se renova anualmente. Incrível!
Perguntado pelo meu advogado sobre meus pedidos para a convocação de uma assembleia geral para discutir os problemas existentes, respondeu   “que eu saiba uma vez que ele pediu e foi atendido, foi feito uma assembleia geral em 2010 na Casa do Gaúcho, ele estava presente naquela ocasião eu me lembro, sentou-se lá e saiu como se nada tivesse acontecido, foi lá só para dizer que foi”. NÃO É VERDADE!
Para iniciar, a citada AGE não foi em 2010, mas em julho de 2009. Desde o início daquele ano eu passei insistindo com o presidente do CD, coronel Melo, para que fosse convocada uma assembleia para tratar das perdas patrimoniais e apurar responsabilidades e sempre negava. Aí, surgiu a AGE de julho/2009 para aprovar o novo Estatuto. Na véspera estive com o presidente do CD e perguntei se poderia abordar o assunto e disse-me que não, pois não estava na pauta. No dia da AGE, realmente, compareci, mas não havia a menor possibilidade de modificar o que já estava acertado e garantido por uma caravana de ônibus com sócios na faixa dos 70/80 anos trazidos do interior, uma turma de idosos que andavam com um crachá com nome e número do ônibus e programados para “votar em bloco”, com uma votação do tipo “quem concorda fica sentado”, para não dizer “voto a cabresto”.
Aqui, um detalhe em que o coronel se desmente: ao recordar a tal AGE, o coronel disse, sete anos depois, que “ele (Péricles) estava presente naquela ocasião eu me lembro, sentou-se lá e saiu como se nada tivesse acontecido”. Interessante o cotejo com o que disse no início do seu depoimento: “eu me senti abalado emocionalmente até com problema psicológico em função de ter que estar explicando coisas inexplicáveis procedente de pessoa que eu desconheço, nunca vi, só sei que é uma pessoa que há muitos anos vem agredindo sucessivamente as administrações do GBOEX”. Deve ser creditado a algum abalo emocional.
Sobre abalos emocionais que concluo abordando o depoimento do coronel presidente executivo do GBOEX.
Com a sua já demonstrada empáfia, o coronel confessa para a juíza, ao avaliar o meu comportamento: “...temos uma certa dificuldade às vezes de provar realmente que a pessoa que escreve isso não está na sua sanidade perfeita”, pois, segundo ele, não deve estar “na sua sanidade mental” quem escreve coisas que fez o coronel, que entende do assunto,  se sentir abalado emocionalmente até com problema psicológico em função de ter que estar explicando coisas inexplicáveis”. “Eu tive problema, tive que procurar um médico e eu fiz um tratamento porque tive gordura no fígado, provavelmente do estresse”.
Para reforçar, o coronel, se lamuria para a juíza: “Além de tudo Excelência, eu tenho os meus familiares, tenho os meus amigos e a gente tem que estar toda hora dizendo: ‘Não, essa pessoa há 18 anos, 20 anos ela bate no GBOEX e continua batendo’, ele não se contenta, ele alguma necessidade que eu não sei o que é, só que eu já não aguento mais isso aí, eu tô num momento que eu disse assim, por que eu vou trabalhar se tem alguém que tá me enchendo o saco o tempo todo e não me conhece e tá fazendo isso por quê?”.
Quem sabe esta aflição psicológica não é causada pelo choque entre a realidade, a dura realidade, estampada no blog SÓCIOS DO GBOEX e a CULTURA DO CONTENTAMENTO mantida pelos informativos e “revistinhas”, cujos conteúdos já foram expostos. Sugiro uma investigação.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário