quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
O (des)Informativo GBOEX
Comentários
sobre o Informativo GBOEX 2/2013 (37ª edição) que acaba de ser divulgado, um
amontoado de desinformações que só servem para manter a cultura do
contentamento que foi instalada por este grupo de oficiais do Exército que
comanda o GBOEX, há 30 anos, com salários que devem andar na faixa dos R$
15.000,00 aos R$ 30.000,00 e que está aplicando um calote em milhares de velhos
associados.
Presidente executivo reflete a cultura do
contentamento
O editorial traz a palavra do novo
Diretor-Presidente da Diretoria Executiva, coronel Ilton Oliveira. A leitura do
editorial mostra que o coronel vive na cultura de contentamento que foi criada
nestes últimos trinta anos e que está sintetizada no testemunho de quem dirige
a propaganda do GBOEX, desde aqueles tempos (A cultura do contentamento): “como
eu já expliquei o GBOEX tem, pelo tipo de produto que ele vende, as pessoas que
compram o produto vão usufruir desse produto 40, 50 anos depois, ela tem que
ter a segurança de que essa empresa tem estabilidade, tem solidez para poder
nesse prazo cumprir com as suas obrigações. Então, o meu trabalho é
trabalhar a imagem do GBOEX para mostrar que a empresa tem solidez, é uma
empresa forte”. Tão competente foi esta campanha que envolveu todos os
associados, inclusive aqueles que saem do quartel direto para seus cargos
diretivos.
MPF:
o risco de insolvência perdura desde os anos 80
Dispara o presidente: “Assumi a Diretoria Executiva em julho
deste ano, com o compromisso de manter a Entidade forte e sólida, como tem sido
nestes 100 anos de existência”, mas o GBOEX sempre esteve à beira da
insolvência e não sou quem diz, mas o Ministério Público Federal (Os coveiros do GBOEX): “Vislumbra-se que o plano de pecúlio que a
GBOEX não corre risco de insolvência desde agora, ou recentemente, mas sim
desde que começou a comercializar apólices de seguro que não teria como
adimplir” que, por isso, recomendou a intervenção da SUSEP. Insolvência que, aliás, já está se
aflorando (No fundo do poço (e enganando)): o buraco causado pela insolvência da
seguradora CONFIANÇA já é maior do que o dobro do patrimônio líquido do GBOEX.
CPI da Câmara dos Deputados: o GBOEX só
se mantém pela venda casada de pecúlio com empréstimo e outros artifícios.
E
continua o coronel presidente com a sua mensagem ufanista: “Ao chegar aos 100 anos, o GBOEX se
caracteriza principalmente pela sua capacidade de adaptação e evolução junto ao
mercado previdenciário e segurador,sempre atento às transformações da sociedade”,
“Assumimos com o compromisso de manter o GBOEX sempre atual, dinâmico e
moderno”. Lindas frases, não fossem totalmente
irreais. Este grupo de militares que dirige o GBOEX tem que cair na real: eles
dirigem uma empresa em extinção porque foram incapazes de modernizá-la, de
acompanhar a evolução do mercado. Esta conclusão não é minha, mas da CPI da Previdência Privada (Câmara
dos Deputados, 1996) que concluiu que empresas como o GBOEX só se enquadram
como entidades de previdência (Resposta ao GBOEX (1)) pela existência do ultrapassado pecúlio “que
nunca são comprados espontaneamente em função do produto, mas sim vendidos,
acompanhados de promessas de empréstimos e outros artifícios”. O GBOEX
não evoluiu nos últimos cinquenta anos permanecendo sempre uma caixa de
pecúlios marcada por uma inconsistência atuarial de natureza estrutural, cujo
déficit nunca foi enfrentado, mas “empurrado com a barriga” ao arrepio da
legislação, nunca buscando uma solução tecnicamente correta, uma solução de
mercado. Engessaram o GBOEX para que se mantivesse à altura das suas
competências.
A continuidade da
“má gerência administrativa” detectada pelo MPF
Ao assegurar que a “nova gestão dará continuidade a tudo o que foi construído até o
momento”, nada mais fez o coronel Ilton do que
reafirmar a hegemonia do grupo que comanda o GBOEX nos últimos trinta anos sem
qualquer oposição no Conselho Deliberativo e a continuidade da gestão que foi
classificada pelo MPF como uma “má gerência administrativa” (Os
coveiros do GBOEX) .
A falta de transparência
E
continua o coronel presidente, ao apresentar o (des)informativo: “estamos
engajados em desenvolver outras formas de comunicação e a disponibilizar novos
serviços aos nossos associados”, “Procuramos, também, inovar com temas do
interesse do associado, com dicas de turismo, saúde, entretenimento, outros
assuntos”. O que o GBOEX deve fazer é publicar o endereço eletrônico (e-mail)
dos seus diretores e conselheiros para que os associados possam cobrá-los, pois
foram por eles eleitos e a eles devem satisfações. Aos associados não
interessam “dicas de turismo, saúde, entretenimento”, mas dos “outros assuntos”
dos quais os associados exigem explicações (e o blog continua à disposição),
entre os quais alinho:
1. Qual a razão da queda do patrimônio líquido do GBOEX de R$ 252 milhões (janeiro/2006) para R$ 42 milhões
(outubro/2013) e o da CONFIANÇA, no mesmo período, de R$ 47 milhões para R$ 10
milhões (No fundo do poço (e enganando))? Má
gerência administrativa? Irregularidades na carteira de empréstimos? Equivocada
gestão financeira?
2. Quais as providências quanto à perda de R$ 21 milhões em aplicações sem garantias concretas,
emprestando para um banco de terceira linha, dirigido por aventureiros,
operadores do lulo-petismo, encarregados de saquear os fundos de pensão
estatais (Nau à deriva)?
3. Qual a explicação para o assédio sofrido pelos velhos
associados que produziu, desde 2001, uns 760 mil cancelamentos que custaram uns
R$ 68 milhões para esses associados (O custo MLD)?
4. E a expulsão dos associados, depois de mais de 50 anos de
contribuição, através de sucessivos e ilegais aumentos da mensalidade (Os
coveiros do GBOEX)?
GBOEX quer sócio enganado
para ajudar a enganar outros
A campanha de vendas direta “Quem indica amigo é” visa
angariar sócios através da indicação de sócios o que daria credibilidade já que
o sócio “já conhece a empresa, sua história, seus
planos, seus benefícios e a sua idoneidade, afinal são 100 anos de experiência
em proteger muitas famílias”. Quanta ingenuidade (para não dizer cinismo)!
Imaginar que o associado que foi enganado quando era jovem e tendo passado uns
50 anos pagando a mensalidade para agora ser caloteado ainda vai ajudar a
enganar outra geração.
E conclui seu speech, não mirando para os graves problemas
de solvência e de credibilidade que afogam o GBOEX, mas o próximo século (isso
mesmo, daqui a 87 anos).
(Des)informações sobre
vendas
A realidade (até que seja desmentida) sobre as vendas no
GBOEX está estampada nos dois textos deste blog (Só quem lucra são os corretores (1) e Só quem lucra são os corretores (2)) que comprovam o que já foi constatado
pela CPI da Câmara dos Deputados (1996), pelas denúncias de associados e pelos
quase 760 mil cancelamentos apontados pela SUSEP (desde 2001) que renderam R$
68 milhões em comissões de agenciamento e corretagem: o GBOEX faz venda casada
do seu ultrapassado pecúlio e lança em cima de seus velhos associados espertos
corretores suportados pelo seu cadastro que ao perceberem que foram enganados
solicitam cancelamento perdendo o que já pagaram.
Operação Alfa: o grande
engodo
Operação Alfa, “plano
de benefícios criado especialmente para Alunos, Cadetes, Oficiais-Alunos das
Escolas de Formação, Especialização e Aperfeiçoamento e Altos Estudos das
Forças Armadas” é o grande engodo mantido pelo GBOEX para atrair com
benesses jovens para a mesma arapuca que pegou milhares, nos anos 60, e que
agora estão sendo expulsos com um calote. O mais grave é que essa arapuca só
funciona com a conivência dos comandantes das escolas que apesar dos alertas
continuam abrindo suas portas para que seus alunos sejam enganados.
Destaques na mídia:
maquiagem para (tentar) ocultar a
realidade
Os destaques baseados em dados pontuais que não suportam uma
análise, assinados por grifes de renome servem para desinformar os associados e
mantê-los na redoma da cultura do contentamento que aos poucos vai sendo
rompida com as expulsões em massa. Todas receberão uma reclamação sobre os
efeitos do mal que estão ajudando a causar a uma massa de milhares de idosos. Por
ajudarem a maquiar uma empresa que corre risco de insolvência desde os anos 80,
conforme constatação do MPF o que pode ser ilustrado pela evolução da relação
PL/PNO onde se nota que a CONFIANÇA já mergulhou na insolvência e que o GBOEX
está se aproximando da linha em que passará à situação de insolvência.
Os conselheiros
Tudo que está aí em cima denunciado só acontece diante da
passividade dos conselheiros que são regiamente pagos para fiscalizar e
controlar a boa gestão do patrimônio do GBOEX.
No (des)informativo as fotos dos conselheiros, cuja atuação
tem sido pautada por uma absoluta passividade. Gostaria de ler as atas do CD e
os relatórios das comissões para ver se é feito, pelo menos, menção sobre a
crise que envolveu o GBOEX e que foi causada pela “má gerência administrativa”,
no entender do Ministério Público Federal. Por exemplo:
Um relatório da Comissão
de Economia e Finanças sobre a inadimplência na carteira de empréstimos que
causou uma queda de R$ 48 milhões no PL (detectada na fiscalização da SUSEP), a
insensata operação de ajustagem do capital da CONFIANÇA que já sugou a metade
do patrimônio de imóveis do GBOEX e que desestabilizou de vez a seguradora e a
desastrada aplicação financeira de R$ 21 milhões em CDB de um banco que acaba
de entrar em falência.
E o relatório da Comissão
de Controle da Administração sobre as vendas do GBOEX que somente geram
lucros para espertos corretores à custa dos seus velhos associados.
Pena que não informem os endereços de e-mails para que
sintam o repúdio de velhos companheiros que neles confiaram. Resta o velho telefone: (51) 3215 8000.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
A insolvência da Confiança
O
Conselho Deliberativo do GBOEX é o grande responsável pela crítica situação em
que se encontra a seguradora CONFIANÇA que se transformou no sumidouro por onde se esvai
o patrimônio que foi formado, antes deste grupo de oficiais do Exército assumir
o poder, trinta anos atrás. O grande responsável, mas não o único, pois a SUSEP
tem a sua responsabilidade.
A
insolvência da seguradora CONFIANÇA, caracterizada pela existência
de um patrimônio líquido ajustado menor do que o capital mínimo requerido, atingiu níveis em que a deixam
passível de uma liquidação extrajudicial.
Relatórios
da SUSEP mostram que tem o pior, mas disparado o pior Patrimônio Líquido
Ajustado (PLA), o indicador que serve para medir a insolvência de uma
seguradora quando comparado com o Capital Mínimo Requerido (CMR) que, devido a
SUSEP ter deixado de publicar se supõe que continue no patamar dos R$ 40 milhões.
A CONFIANÇA é a última do ranking. Dividi a longa lista em quatro partes.
Marquei a APLUB para comparar com o GBOEX, para ver que o PLA daquela é quase 5
vezes o do GBOEX.
De acordo
com a Resolução 282/2013, do CNSP, o Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) não pode
ser inferior ao Capital Mínimo Requerido (CMR) e, dependendo da insuficiência
do PLA, em relação ao CMR a seguradora passa por um PCS – Plano Corretivo de
Solvência ou um PRS – Plano de Recuperação de Solvência e se a situação se
agravar fica sujeita a Regime Especial de Direção Fiscal ou Liquidação
Extrajudicial, conforme quadro abaixo.
Uma análise da evolução do PLA da
CONFIANÇA, mostra
que há muito tempo impera a insuficiência sendo que se agravou, a partir de
maio/2013, com a equivocada gestão financeira que levou à aplicação em banco
liquidado (Nau à deriva). Os dados
publicados pela SUSEP mostram o impacto causado no Patrimônio Liquido Ajustado
(PLA) cuja insuficiência ultrapassou os 70% do Capital Mínimo Requerido e
deixou a seguradora Confiança passível de Liquidação Extrajudicial.
E
liquidação judicial é coisa muito grave. Os associados do GBOEX perdem o
patrimônio que garantiria o pagamento dos pecúlios cada vez mais reduzidos
pelos ilegais reajustes. Os conselheiros e diretores, se não tomaram
consciência, vão levar um choque porque a lei é dura.
A Lei n.
5.627/1970 reza, em seu art. 2º, que “Os administradores e
conselheiros fiscais das Sociedades de Seguros ou de capitalização, que
entrarem em regime de liquidação extrajudicial compulsória, ficarão com todos
os seus bens indisponíveis, não podendo os referidos bens ser vendidos, cedidos
ou prometidos vender, vedada a constituição de ônus reais sobre eles” e
“atingirá todos aqueles que tenham exercido as funções nos 12 (doze) meses
anteriores ao mesmo ato”. Uma pena, pois liberará de responsabilidade os
maiores responsáveis cujos nomes, por ações e omissões, estão registrados em
diversos processos na Justiça, no MPF e na SUSEP. E mais: Os administradores e
conselheiros, cujos bens sejam declarados indisponíveis, somente poderão ausentar-se
do lugar da liquidação mediante prévia autorização da SUSEP.
Aqui a relação dos atuais responsáveis pelo que está acontecendo,
segundo lista divulgada pela SUSEP. Publico para que os associados fiquem
sabendo seus nomes e, de repente, ajudem a pressionar essa gente, para que deem
explicações sobre o que está acontecendo e, até para exercerem o direito de
ampla defesa e contraditório (este blog sempre esteve à disposição - Direito de
resposta).
Nos últimos anos duas equivocadas operações abateram o já
cambaleante equilíbrio da seguradora. A mais recente foi a compra de um CDB
junto ao liquidado banco BVA com a perda de uns R$ 10 milhões.
A primeira: quando foram estabelecidas novas regras de solvência para o mercado segurador
brasileiro, trazendo significativas modificações estruturais no processo de
constituição ou aumento do capital mínimo exigido para atuação das seguradoras,
para aumentar da solidez do mercado e dar maior credibilidade por parte dos
consumidores.
As normas
implantadas em 2008 exigiam que o Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) fosse maior
ou igual ao Capital Mínimo Requerido (CMR), fixado em função do perfil de
operação da seguradora (produtos e área de atuação).
Naquela
ocasião as seguradoras se ajustaram operando variáveis como regionalização,
fusões, incorporações e resseguros. Como exemplo: caso da Marítima Seguros, uma das maiores seguradoras do País entre as chamadas
independentes. Tão logo surgiram as novas normas da SUSEP, uma
força-tarefa de executivos dedicou-se a uma dupla missão para garantir o futuro
da empresa. REDUZIR CUSTOS: enxugar a empresa com o fechamento de, ao menos,
dez filiais e com a demissão de funcionários. CAPITALIZAR: contatos com grupos
internacionais buscando um aporte de capital que atendesse às normas da SUSEP e
para resguardar o grupo das sanções do órgão fiscalizador, que vão de multa à intervenção.
Isso em
seguradoras, como a Marítima, operadas por
profissionais experimentados, mas o que fizeram os oficiais do Exército que
comandam o GBOEX, sem experiência no mercado segurador? Simplesmente despejaram
na seguradora o capital exigido para que continuasse a operar como vinha
operando. Resultado: lá se foi a metade dos imóveis do GBOEX cuja função
estatutária é garantir o pagamento futuro dos pecúlios.
Tudo isso
deveria causar indignação nos associados a ponto de se transformar em uma ação
dura de repulsa contra este grupo que comanda o GBOEX com o que o MPF já
qualificou como uma “má gerência administrativa”. Deveria, mas a passividade
dos associados é concreta, a ponto de dar segurança aos que comandam o GBOEX de
que nada têm a temer.
E, agora,
eu pergunto ao Renk, líder deste grupo, mesmo sabendo que ele não responderá: o
que o CD vai fazer ou já fez para apurar responsabilidades quanto à perda de
mais de R$ 20 milhões em aplicações no banco BVA? O que vai fazer diante de tão
grave situação? Vai deixar que seja queimado o restante do Patrimônio do GBOEX?
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
No fundo do poço (e enganando)
Um sócio que passe pelo site da
SUSEP para verificar a situação em que está a empresa a quem confiou a
segurança de sua família e verificar os resultados contábeis do GBOEX e da sua
seguradora CONFIANÇA ficaria apavorado, pois constatará que a Patrimônio
Líquido (PL) que era de R$ 252 milhões (janeiro/2006) despencou para R$ 42
milhões (outubro/2013) e que o da CONFIANÇA, no mesmo período caiu de R$ 47
milhões para R$ 10 milhões.
E mais apavorado ficará se constatar
a existência de um buraco (que só existe porque a lei está sendo descumprida)
cavado pela seguradora (diferença entre o Passivo Não Operacional e PL) que já é
maior do que o dobro do PL do GBOEX, ou seja, justos R$ 89.069.109,00.
Saindo do site da SUSEP e
entrando no do GBOEX a sensação será a mesma de quem sai da noite para o dia:
tudo azul com uma faixa azul “Segurança que passa de geração em geração”.
Prêmios e mais prêmios por desempenho. Vai
pensar que algo está muito, mas muito errado, que alguém está sendo enganado.
E vai chegar à (triste) conclusão
que ele, o sócio do GBOEX, é que está sendo enganado e enganado há 33 anos,
justamente pela dupla que acaba de receber o Troféu Aliança, “um evento
promovido pela Associação Brasileira de Agências de Publicidade” que “premiou o
GBOEX e a Agência Martins+Andrade pelos 33 anos de relacionamento. A Martins+Andrade
é responsável pela publicidade do GBOEX desde 1980”.
Merecido o prêmio pelo desempenho
da agência de propaganda que conseguiu manter os associados do GBOEX contentes
e orgulhosos de pertencerem a uma poderosa empresa de previdência, dirigida por
colegas seus, oficiais do Exército, que já sabiam que o GBOEX não teria
condições de pagar a integralidade dos pecúlios, mas que para manter o negócio
para o grupo teriam que enganar. Esta constatação quem fez não foi eu, mas o
Ministério Público Federal (Os
coveiros do GBOEX).
É muita
competência colocar naquela que foi apontada pela CPI da Previdência Privada
(Câmara dos Deputados, 1996) como o maior furo entre as empresas de previdência
privada o pomposo título ”GBOEX,
líder em previdência privada no Brasil” que só foi cassado depois de ter sido
considerado como propaganda enganosa pelo Ministério Público/RS.
Mas é, também, muita arrogância
reconhecer isto: o presidente desta agência de propaganda, diante de um juiz (Proc.
no. 10502272590/16ª Vara Cível/Porto Alegre) que lhe perguntara a razão
do título por ele criado ”GBOEX, líder em previdência privada no Brasil”: "Na
verdade, não era.... que vocês sabem que em termos de comunicação a
gente sempre usa superlativos e no sentido exatamente de melhorar a imagem,
mostrar que.... não era do Brasil, era da América Latina”, “como eu já
expliquei o GBOEX tem, pelo tipo de produto que ele vende, as pessoas que
compram o produto vão usufruir desse produto 40, 50 anos depois, ela tem que
ter a segurança de que essa empresa tem estabilidade, tem solidez para poder
nesse prazo cumprir com as suas obrigações. Então, o meu trabalho é
trabalhar a imagem do GBOEX para mostrar que a empresa tem solidez, é uma
empresa forte”.
Agora, não restam dúvidas que o
Troféu Aliança foi merecido pelo desempenho da dupla GBOEX e Martins+Andrade,
pois quase quebraram aquela máxima atribuída a Lincoln de que “Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por
todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo…” visto que fizeram milhares de militares e
civis envelhecerem pagando por algo que não teriam retorno, o pecúlio para os
seus. Enganaram todos, não por todo tempo, mas por uma vida toda.
E desta forma o GBOEX vai “usando e abusando” dos seus associados que,
como laranjas, depois são descartados como bagaço, dentro da política ditada
pela SUSEP de se descartar daqueles que passaram mais de 50 anos pagando,
através de ilegais reajustes, no entender do MPF. Fazem e desfazem como bem
entendem porque não tem freios. No Conselho Deliberativo nunca existiu oposição,
nestes 33 anos.
A SUSEP não toma providências,
mesmo atropelando a lei e contrariando a sua missão principal que é “proteger os
interesses dos participantes e assistidos dos planos de benefícios” (Lei
Complementar n. 109/2001, art. 3º, IV), mesmo depois de ter sido sugerida a intervenção no GBOEX,
pelo Ministério Público Federal (A
participação da SUSEP no logro do GBOEX).
E contam ainda com a total passividade dos seus associados que, como ovelhas para o matadouro, não reagem ao calote que lhes foi imposto por um grupo de
oficiais do Exército que se apoderou do GBOEX com salários
que devem chegar aos R$ 30 mil, pelas projeções dos dados disponíveis.
A seguradora CONFIANÇA, um dos sumidouros do patrimônio garantidor do
pagamento dos pecúlios (Os
sumidouros do patrimônio do GBOEX), está há uns dois anos com situação
irregular, conforme certidão atualizada. Período em que o seu patrimônio
líquido (PL) não garante o passivo não operacional (PNO), como em outubro/2013,
que não garante mais do que 11% do PNO exigindo que o GBOEX cubra o resto como já
fez com a metade dos seus imóveis. O problema é que, agora, o PL do GBOEX não
cobre nem a metade deste buraco.
Esta gente que comanda o GBOEX é tão segura de que os associados não reagem que nem explicação deram para a desastrada operação financeira que comprometeu R$ 21 milhões em uma aplicação sem garantias concretas, emprestando para um banco de terceira linha, dirigido por aventureiros, operadores do lulo-petismo, encarregados de saquear os fundos de pensão estatais (Nau à deriva).
As irregularidades nos empréstimos, acusadas pela
SUSEP que provocaram uma queda de R$ 48 milhões no Patrimônio Líquido, também
ficou por isso mesmo. O Xavier, naquela ocasião, justificou a queda do PL, como
consequência de uma ajustagem contábil exigida pela SUSEP que, depois, se viu
que foi causada pela má gestão da carteira de empréstimos.
Nada sobre
a denúncia feita (Só
quem lucra são os corretores (2)) de que o GBOEX patrocina o assédio de
corretores aos seus velhos associados o que provocou, só nos últimos 12 meses
(out/13-nov/12) mais de 56 mil cancelamentos. Inclusões que depois se
transformam em cancelamentos em que os associados perdem em mensalidades uns R$
10 milhões que acabaram no bolso dos corretores, a título de agenciamentos e
comissões.
E eles, os
que comandam o GBOEX, estão tão na moita que no site do GBOEX não aparece um só
nome. Quem é o presidente do CD? É o Renk, mas e quem é o presidente da
Diretoria Executiva? Não sei e quem procurar não vai encontrar. Isso é o temor
das cobranças porque não deve ser fácil encarar a indignação como a de um
general que pediu exclusão por não mais suportar o abusivo aumento da
mensalidade, instrutor nos tempos em que eu e o Renk passamos pela AMAN: “São
54 anos de pagamento de pecúlio. Sei que não vou durar muito, mas minha
revolta com os senhores é tamanha que prefiro me desvincular de pessoas como
vocês. Sei que é isso que querem de nós associados, mas, prefiro perder
muito mais em relação ao que iria receber, do que me submeter a essa chantagem
vergonhosa, principalmente, partindo de oficiais que eu ajudei a formar”.
Só aqueles que passaram pela AMAN sabem o respeito que devotamos por nossos
instrutores e podem avaliar a vergonha que tal justa explosão de indignação
deveria provocar (Nau à deriva).
Nos que tem vergonha na cara, evidentemente.
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