sexta-feira, 30 de maio de 2014
CONFIANÇA: ESCLARECIMENTOS NECESSÁRIOS E URGENTES
Diante do absoluto silêncio do GBOEX quanto às
denúncias que vêm sendo feitas sobre a dilapidação do Patrimônio da entidade
cuja função estatutária é a garantia do pagamento dos pecúlios, reiterei ao presidente
do CD e do GBOEX, coronel Renk, a solicitação feita quando recebi informações
sobre a venda da seguradora Confiança (Luzes sobre obscuridades). E reiterei na forma mais clara
possível, na forma de um questionário, para não deixar dúvidas, com respostas
que poderiam ser um simples SIM ou NÃO, salientando que o seu silêncio seria
considerado como a confirmação das informações que recebi.
Trata-se
de esclarecimentos necessários e urgentes porque a dilapidação do Patrimônio do
GBOEX já foi assumida pela SUSEP, conforme será mostrado.
Desde
o ano de 2011 venho alertando que o Patrimônio do GBOEX começaria a ser sugado
pela insolvência da Confiança (Os sumidouros do patrimônio do GBOEX, 17/4/2011), que estava sendo cometido
um desfalque patrimonial que poderia se caracterizar uma fraude aos credores
que somos todos nós, associados do GBOEX, pois o GBOEX estava se desfazendo do
que, por força do Estatuto, garantiria o pagamento futuro dos pecúlios (Fraude contra credores, 17/8/2011), porque a Confiança estava
em uma insolvência sem perspectiva de reversão (O GBOEX e o buraco da CONFIANÇA, 14/10/2013) o que foi reiterado dois
meses depois diante do agravamento da situação (A insolvência da Confiança, 12/12/2013). E esta situação de
insolvência foi apontada no Balanço Patrimonial do Grupo GBOEX e acusada pelos
peritos do MPF.
Deixemos
que o Parecer Técnico ASSESP PR/RS N° 038/2014, da Assessoria Pericial do MPF,
continue:
“Essa
conjuntura econômico-financeira de resultados negativos determinou à Confiança a condição de insolvente após realizados os
ajustes de adequação de capital. Somente diante desta situação a SUSEP
celebrou em 02.12.2013, Termo de Ajustamento de Conduta – TAC intervindo para alienar ativos destinados
ao pagamento de empréstimos da Confiança junto a instituições financeiras”.
“A intervenção da autarquia (SUSEP) transparece ter sido realizada
tardiamente, pois representa providência reativa, em vez de ter atuado
proativamente ou preventivamente como seria sua atribuição, sendo que os
resultados negativos e o excesso de despesas administrativas já sinalizavam
necessidade de atuação na Confiança. Ademais,
a simples alienação de ativos, medida adotada pela seguradora por
determinação da SUSEP , mas que desvinculada de ações que visem à redução de
despesas, dificilmente logrará no êxito
desejado. Demonstra-se o impacto patrimonial das despesas administrativas do
Grupo (GBOEX)”.
Conforme se
verifica na tabela, o período considerado é 2010-2013, período em que tramita o
ICP 20/2010-97, quando as Despesas Administrativas do grupo GBOEX cresceram
46,35% e o Patrimônio Líquido sofreu uma queda de 44,59%.
A Assessoria
Pericial do MPF também acusou que a
SUSEP somente se preocupou em resolver a insolvência com a venda dos ativos,
dos imóveis, conforme se nota na Cláusula 4ª do TAC: “A Compromissária (Confiança),
obriga-se quando solicitar a liberação
de parcela de ativo garantidor destinado ao pagamento de empréstimo junto à
instituição financeira, a
encaminhar lista dos imóveis com proposta, intenção ou expectativa de
venda imediata, e o valor necessário para liquidar a obrigação sobre o imóvel
destinado à venda, na forma do ANEXO I que fica fazendo parte integrante do
presente termo de Ajustamento de Conduta” (não está grafado no original).
Atente-se para dois detalhes:
O primeiro: a proposta deste TAC foi formulada
no bojo do processo SUSEP n. 15414.002232/2011-79,
ou seja, processo aberto justamente no ano de 2011 quando comecei a alertar
sobre a transferência dos imóveis do GBOEX para a Confiança.
Segundo: o Balanço Patrimonial/junho 2013 (Nota
8 – Empréstimos) registra o seguinte: “A Companhia obteve empréstimos bancários, a taxas de mercado, sendo que, para o
empréstimo no valor de R$ 12 milhões
realizados junto ao Banco Máxima, em abril de 2012, o valor de R$ 10 milhões realizados junto ao Banco
Daycoval em agosto de 2012 e o valor de R$ 12 milhões realizados junto ao Banco Domus em janeiro de 2013, foram entregues a título de garantia,
imóveis registrados no Registro de Imóveis da 1ª Zona – Porto
Alegre/RS, conforme quadro abaixo”:
Conclusão:
A Confiança contraiu três empréstimos em bancos
considerados de, no máximo, 2ª linha, no total de R$ 34 milhões com a entrega
de imóveis como garantia.
A SUSEP deixou a Confiança se endividar,
contrair empréstimos dando os imóveis transferidos do GBOEX, nada fez para que
o grupo GBOEX reduzisse despesas e, agora, intervém com um TAC para garantir o
pagamento dos empréstimos feitos por bancos que sabiam que a Confiança estava
insolvente.
Resultado: A Confiança está insolvente e tudo indica que
assim continuará, o GBOEX aproxima-se da insolvência (parecer do MPF) e os
imóveis foram dados em garantia de empréstimos. E o que fará o GBOEX quando
ficar insolvente, sem os seus ativos garantidores, seus imóveis?
Por
isso tudo são necessários e urgentes esclarecimentos porque a dilapidação do
Patrimônio do GBOEX já foi assumida pela SUSEP.
Diante
do insucesso das minhas investidas para que o coronel Renk prestasse
esclarecimentos, divulgo o questionamento feito, para dar conhecimento aos
associados, antes que o resto do patrimônio do GBOEX evapore, pois este TAC vai
monitorar o desmonte do patrimônio com a venda dos imóveis para o “pagamento
de empréstimo junto à instituição financeira”, até o ano de 2015 .
1. Procede que o GBOEX firmou acordo de
gaveta para a venda da Confiança Cia. de Seguros que seria oficializado (de
fato) no segundo semestre deste ano, após o saneamento da seguradora pelos
compradores?
2. Procede a informação de que, no dia
31/03/2014, foi realizada uma Assembleia Geral Ordinária (AGO) em que foi
eleita a nova diretoria da Confiança, para os próximos três anos, composta de
quatro diretores: Marcelo Cabelleira (Presidente), Jack Pogorelski, Alexandre
Carneiro e Gerson Camargo?
3. Procede que Marcelo Cabelleira, Jack
Pogorelski e Alexandre Carneiro foram indicados, pelos compradores, como seus
representantes, com poderes de administração imediatos?
4. Procede que Alexandre Carneiro, que
participa da direção do Banco Máxima, é representante dos interesses do banco
no negócio (compra da Confiança)?
5. Procede que foi lavrada e firmada pelo
presidente e secretário a ata da AGO com as qualificações dos eleitos, cargos e
definições das responsabilidades de cada diretor junto à SUSEP e que no dia
seguinte (01/04/2014) os eleitos já compareceram na sede da seguradora e
passaram a exercer e responder pelas respectivas funções com amplos poderes de
gestão?
6. Procede que, por ocasião da referida AGO,
se encontrava na sede da Confiança uma equipe da SUSEP realizando inspeção e
que solicitou cópia da Ata da AGO e que tal documento foi entregue?
7. Procede que, após alguns dias da eleição,
Alexandre Carneiro, diretor eleito e representante do Banco Máxima, diante do
resultado das apurações realizadas nos registros contábeis da seguradora
comunicou verbalmente aos interessados que recusava a nomeação e que o Banco
Máxima estava se retirando do negócio não possuindo interesse nas ações da
seguradora?
8. E que, com a desistência do Banco Máxima
e diante da iminência de perder o negócio que havia conseguido sem nada
investir, Cabelleira procurou a direção do GBOEX e se comprometeu a buscar
novos investidores precisando, no entanto, permanecer no negócio e na direção
da seguradora?
9. Procede que uma vez que a Ata da AGO não
tinha sido ainda encaminhada à SUSEP para conhecimento e homologação, devido a
desistência do diretor representante do banco, o presidente eleito Cabelleira
sugeriu à direção do GBOEX que fosse elaborada uma nova Ata excluindo o diretor
Alexandre Carneiro para que somente constasse a eleição de três diretores,
Marcelo, Jack e Gerson com o que concordou o GBOEX, elaborando nova ata?
10. Procede que, diante da simulação de
refazer a Ata da AGO e, por não concordar com decisões dos demais diretores,
consideradas por ele, prejudiciais à empresa, Gerson Camargo renunciou ao
mandato, afastando-se imediatamente?
11. Procede que a dita ata, depois de
alterada, foi protocolada na SUSEP por determinação do seu novo presidente,
Marcelo Cabelleira?
Todos estes fatos, comprovadamente, afetam o patrimônio do
GBOEX e me dão o direito, como sócio participante-efetivo, de fazer o possível
para evitar a sua dilapidação.
sexta-feira, 23 de maio de 2014
LUZES SOBRE OBSCURIDADES
Tentando
entender a mudança feita na seguradora CONFIANÇA, diante do silêncio do
presidente do GBOEX, coronel Renk, que já deveria ter dado satisfações a um
quadro social preocupado com a dilapidação do Patrimônio da entidade provocada
pela insolvência da seguradora, fui buscar informações sobre a surpreendente
eleição de Marcelo Cabeleira para seu presidente.
Uma
ligeira pesquisa no Google mostra que se trata de Marcelo Carlos Cecin
Cabelleira, ex-presidente do grupo Investprev que teve intervenção decretada
pela SUSEP, em agosto de 2013, “para resguardar os direitos dos segurados,
assim como dos credores”.
Em
abril/2011, Marcelo Cabelleira, diretor de marketing da Investprev Seguros e
Previdência anunciou que “um grupo de investidores estava adquirindo a
Investprev do Banco Rural para instalar a matriz na capital gaúcha”, na Av.
Carlos Gomes, 222. (JRS 1443 – 25/4/2011). Curiosamente, no endereço indicado
não está instalada a Investprev, mas uma sua parceira INVEST Seguradora. No
DOIC de 28/2/2014 consta que está mudando o nome para INVEST.
Em Dez/2011,
Cabelleira foi eleito presidente e diretor de Relações com os Acionistas da Investprev
Seguradora. “Cabelleira já estava exercendo o cargo de Diretor Vice-Presidente
da companhia e ainda acumulando as funções diretivas nas coligadas Investprev
Previdência e Investprev Capitalização”, segundo o release da Investprev (JRS
1607 – 04/01/2012). Note-se que Marcelo Cabelleira foi eleito para presidir o
grupo Investprev, controlado pelo Banco Rural que detém 99,99% das suas ações
(Balanço Patrimonial, 1º/2012).
Em Ago/2013,
a SUSEP decreta intervenção no grupo Investprev, para “resguardar os direitos
dos segurados, assim como dos credores”. Segundo o Estadão, o Investprev reúne
as seguradoras do Banco Rural que teve liquidação extrajudicial decretada pelo
Banco Central. Há suspeita que as empresas estariam sendo usadas para lavar
dinheiro visto que os custos operacionais teriam sido multiplicados nos últimos
meses em função da terceirização de serviços administrativos para uma empresa
de informática, também controlada pelo Rural o que foi contestado por
Cabelleira em comunicado ao mercado, no dia seguinte à intervenção (JRS
9/8/2013).
Coincidência
encontrada no Relatório da Administração da Investprev Seguros e Previdência
(1º semestre/2013): também, foi apontado prejuízo sofrido, proveniente de
aplicação em CDB (R$ 5.882.238,85), no liquidado Banco BVA. Neste mesmo
semestre, o Grupo GBOEX fez, também,
duas aplicações em CDB do Banco BVA com prejuízo de mais de R$ 20 milhões: GBOEX
(R$ 9.665.977,00) e Confiança (R$ 11.689.960,00) (Nau à deriva,
26/8/2013).
Ou
seja, mais de R$ 27 milhões evaporaram em um cenário que envolve Banco Rural,
cujos diretores estão na cadeia condenados que foram por lavagem de dinheiro
para o Mensalão do PT e Banco BVA, um
banco de terceira linha, dirigido por aventureiros, operadores do lulo-petismo,
encarregados de saquear os fundos de pensão estatais, cujo fundador é conhecido
pelo envolvimento com a “máfia do lixo” na prefeitura petista de
Santo André (SP), esquema que veio à tona com o assassinato do ex-prefeito
Celso Daniel. Além disso, Marcelo Cabelleira teve que sair dando explicações
sobre lavagem de dinheiro, em favor do Banco Rural, por ocasião da intervenção
feita pela SUSEP.
O que não consigo entender, por mais competente que seja Marcelo
Cabelleira, qual a razão da sua escolha para presidente da CONFIANÇA, uma
seguradora que está sofrendo uma intervenção da SUSEP, através de um TAC que visa
unicamente a alienação de ativos (os imóveis transferidos pelo GBOEX), medida
que, segundo os peritos do MPF, “desvinculada de ações que visem à redução de
despesas, dificilmente logrará o êxito desejado”.
Lógico que este profissional, por mais correto que seja, vai dificultar
a relação da CONFIANÇA com a SUSEP, visto que está envolvido com a intervenção
do grupo Investprev e com todas as restrições que tal situação provoca. Fosse o falecido
José Figueiró, profissional competente, corretíssimo, altamente conceituado no
mercado segurador e conhecedor dos problemas da CONFIANÇA, eu entenderia.
Além disso, a boataria sobre a venda da CONFIANÇA, estimulada pelo arrogante
silêncio do coronel presidente do GBOEX.
Recentemente recebi um relatório, sem identificação do autor,
detalhando o que está acontecendo. Mais de vinte anos como observador atento
sobre o que acontece no universo GBOEX, asseguro que se trata de um relatório
feito por quem não tem outro interesse que não seja proteger o patrimônio da
entidade e evitar que um desastre venha prejudicar ainda mais os milhares de
associados e o próprio nome Exército, de alguém muito próximo dos fatos que
está denunciando, que conhece muito bem o assunto e que está indignado.
Diante da grave ameaça ao Patrimônio do GBOEX e por se tratar de
documento anônimo, decidi, antes de qualquer providência, encaminhá-lo ao
presidente do Conselho Deliberativo, nos termos do art. 14 do Estatuto (II. Participar
ao CD, tão logo tenha conhecimento, qualquer fato que possa afetar o patrimônio
do GBOEX), salientando, no entanto, que consideraria seu silêncio como a
confirmação dos fatos ali denunciados.
Mesmo diante do silêncio do coronel presidente, não divulgarei o
referido relatório, encaminhando-o unicamente para o MPF e para a SUSEP, para
que investiguem e tomem as devidas providências, visto que o anônimo
denunciante assegura que “todos os fatos ocorridos não passam de absurdos
vergonhosos e ilegais e o mais importante são de fácil constatação e
comprovação pela SUSEP que somente precisa agir com seriedade, responsabilidade
e respeito”.
Divulgo somente um parágrafo porque é o cerne da questão (a venda da
CONFIANÇA) e por estar confirmando o que venho denunciando nos últimos três anos
(Evacuando
o quarteirão, 13/5/2011) e por estar de acordo com pareceres emitidos pelo
MPF, nos autos do ICP n. 020/2010-97.
Atentem para um dos trechos em que sinaliza a “discordância de alguns conselheiros sérios”, fato auspicioso,
depois de trinta anos de unanimidades e que contraria recente negativa, do
arrogante coronel presidente, a um pedido meu para que o CD convocasse uma
Assembleia Geral para expor aos associados a grave situação patrimonial e
deliberar providências cabíveis para a defesa do patrimônio e dos direitos dos
associados. Rechaçou (Carta n. 030/14-CD, 09/5/2014) o meu pedido alegando que
o CD tinha decidido,”à unanimidade, que não se configura situação de urgência e
de relevância”, “eis que tutelados, com a mais absoluta segurança, todos os
interesses do quadro social”.
O denunciante anônimo constata
que “Com prejuízos acumulados nos últimos anos a situação da SEGURADORA
CONFIANÇA passou a prejudicar os resultados do GBOEX, acionista majoritário. A
direção do GBOEX por completa falta de capacidade técnica e empresarial, apesar da discordância de alguns
conselheiros sérios, mas, diante de forte lobby e interesses de
“outros” RESOLVEU vender as ações da
SEGURADORA como solução dos problemas”.
O MPF acaba de confirmar que elevados prejuízos da CONFIANÇA estão
sendo suportados pelo Patrimônio do GBOEX, bem como, constatou que os problemas
atuais foram causados por anos de “má gerência administrativa”. Dos pareceres:
“Vislumbra-se que o plano de pecúlio que a GBOEX não corre risco de
insolvência desde agora, ou recentemente, mas sim desde que começou a
comercializar apólices de seguro que não teria como adimplir, sendo desrazoado premiar uma má
gerência administrativa onerando consumidores inocentes e vítimas de uma
prática contratual patológica”. (Procuradora da República Silvana
Mocellin, ICP 20/2010-97. fl. 214)
“Adicionalmente,
destaca-se que em 2012, a Confiança já acumulava prejuízos de R$ 48.193.000, os
quais adicionados ao prejuízo de 2013, perfizeram
substanciais R$ 85.588.000, que foram suportados quase que exclusivamente pelo
Patrimônio do Grupo GBOEX. Esta conjuntura econômico-financeira de
resultados negativos determinou à Confiança a condição de insolvente após
realizados os ajustes de adequação de capital. Somente diante desta situação a
SUSEP celebrou em 02.12.2013, Termo de Ajustamento de Conduta – TAC intervido
para alienar ativos destinados ao pagamento de empréstimos da Confiança a
instituições financeiras” (Parecer ASSESP PR/RS n. 038/2014, Assessoria
Pericial do Ministério Público Federal).
Registre-se
que a venda de uma empresa de um grupo é normal, ainda mais no caso da
seguradora CONFIANÇA que nunca deu retorno ao GBOEX, muito ao contrário, sempre
foi o sumidouro do patrimônio da entidade.
O que não
é normal são as obscuridades que estão envolvendo a seguradora e que já deveriam
ter sido esclarecidas pelo coronel Renk, presidente do CD e do GBOEX. O que
este texto visa é colocar luzes sobre estas obscuridades, no estrito cumprimento de uma obrigação estatutária.
terça-feira, 20 de maio de 2014
Obscuridades na CONFIANÇA
Algo muito sério está acontecendo na seguradora CONFIANÇA,
controlada quase que integralmente (99,964%) pelo GBOEX e que está sendo
ocultada dos seus associados que estão vendo a dilapidação do Patrimônio da
entidade com a insolvência da CONFIANÇA. Patrimônio para garantir os pecúlios,
formado antes de este grupo de oficiais que comandam a entidade, desde os anos
80, sem qualquer oposição, e que, agora está sendo dilapidado por uma “má
gerência administrativa”, na avaliação do Ministério Público Federal (Os
coveiros do GBOEX).
Como autor da representação,
feita em janeiro de 2010, contra Conselheiros e Diretores do GBOEX e SUSEP,
pelas perdas patrimoniais sofridas pela entidade, recebi cópia do PARECER
TÉCNICO ASSESP PR/RS N° 038/2014, emitido, em 10/4/2014, pela Assessoria
Pericial do Ministério Público Federal, nos autos do Inquérito Civil Publico
(ICP n. 020/2010-97).
Neste parecer, a confirmação
de todas as denúncias que venho fazendo. Dilapidação do Patrimônio do GBOEX.
Insensata aplicação financeira no liquidado Banco BVA. Tardia e incompleta
intervenção da SUSEP. Todos, assuntos que serão tratados em outra ocasião. Fica
somente uma conclusão para mostrar a dilapidação do patrimônio.
“Adicionalmente,
destaca-se que em 2012, a Confiança já acumulava prejuízos de R$ 48.193.000, os
quais adicionados ao prejuízo de 2013, perfizeram
substanciais R$ 85.588.000, que foram suportados quase que exclusivamente pelo
Patrimônio do Grupo GBOEX. Esta conjuntura econômico-financeira de
resultados negativos determinou à Confiança a condição de insolvente após
realizados os ajustes de adequação de capital. Somente diante desta situação a
SUSEP celebrou em 02.12.2013, Termo de Ajustamento de Conduta – TAC intervido
para alienar ativos destinados ao pagamento de empréstimos da Confiança a
instituições financeiras”.
Neste cenário começou a surgir
uma boataria de que mudanças estavam acontecendo na CONFIANÇA. Fui verificar no
portal do GBOEX se havia alguma notícia, nada. No portal da seguradora, nada de
novo. Permanecia a mesma diretoria.
Recorri ao Google e, para
minha surpresa, vários releases comunicando a eleição do presidente e de três
diretores com a foto do coronel presidente do GBOEX dando posse ao novo
presidente da CONFIANÇA.
Obscura e surpreendente
mudança que o coronel Renk vai ter que explicar, pois, recentemente, para
evitar desgastes para o GBOEX com uma campanha de mobilização dos associados
para convocar uma Assembleia Geral, pedi que fizesse tal convocação para que os
associados tomassem conhecimento da situação patrimonial da entidade, recusou,
alegando que “todos os interesses do quadro social” já estavam “tutelados, com
a mais absoluta segurança”. E mais: que “variação de patrimônio líquido, Termo
de Ajustamento de Conduta entre SUSEP e Confiança Cia. de Seguros e o aludido
Inquérito Civil Público não são, a toda evidência, passíveis de apreciação e
deliberação pela Assembleia Geral por qualquer prisma de análise”, pois “todos
esses itens já estão solucionados, e bem solucionados, sob o devido
gerenciamento da administração do GBOEX em respaldo das superiores garantias ao
quadro social”. E arremata informando que tal decisão conta com a unanimidade
do Conselho Deliberativo.
Todos estes assuntos serão
tratados no seu devido tempo o que não livra o coronel presidente do GBOEX de prestar
os seguintes esclarecimentos sobre esta obscura operação, para que não fiquem
dúvidas para os associados e o mercado:
Pela nota do bem informado Jota
Carvalho/JRS vê-se que foram realizadas mais de uma assembleia (AGO). Uma foi
para a eleição, mas e a outra? Alguma mudança acionária que leve à perda do
controle da seguradora, pois da diretoria anterior só ficou um?
Marcelo Cabeleira: quem é, de
onde vem, o que fez, o que vai agregar? Qual a razão de substituir o coronel
Munró que, depois de uns dez anos em funções de direção/gerência, presidiu a
seguradora nos anos de 2008, 2009 e 2010 para voltar à presidência nos anos
2012 e 2013, depois de passar 2011 como presidente do CD e do GBOEX?
Qual a razão do retorno, na
equipe do presidente eleito, de Jack Pogorelski, visto que, no passado recente
participou da direção da seguradora e, segundo consta, foi exonerado?
E Alexandre Carneiro, totalmente
desconhecido. No Google a informação de que “há 25 profissionais chamados
Alexandre Carneiro, no Brasil”. Será que se trata de Alexandre de Lucchi
Carneiro, diretor do Banco Máxima, considerando empréstimo de R$ 12 milhões, contraído
em abril de 2012, com prazo de 48 meses (12 meses de carência), para o qual
foram entregues, em garantia, imóveis no valor de R$ 15 milhões?
A SUSEP já homologou a nova
diretoria?
E, como sempre, o Conselho
Deliberativo do GBOEX deve ter aprovado tudo, por unanimidade.
Aguardarei os esclarecimentos
do coronel Renk, mas, como não confio na alardeada transparência, vou tratar de
me informar sobre esta obscura operação, para informar àqueles que ainda se
interessam em proteger o patrimônio formado para garantir o pagamento dos
pecúlios, mas que está sendo dilapidado, de forma inconsequente e irresponsável.
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